17 agosto 2010

Para gostar de outro... antes precisamos gostar de nós mesmos.

Por mais que planejemos a nossa vida é meio que imprevisivel, nunca sabemos o que pode acontecer no dia seguinte, que situações teremos que passar e que presentes a vida pode nos dar. Isso é fantastico pelas infinitas possibilidades que nos são colocadas cada vez que levantamos da cama, mas ao mesmo tempo assusta, amedronta e desafia – tudo ao mesmo tempo – são nesses momentos que a vida coloca à prova as nossas qualidades e trabalha os nosso defeitos,  onde temos oportunidade de crescer como pessoas, apreder mais sobre a vida e exercitar o melhor que podemos ser.

Um dos melhores presentes que a vida pode nos conceder é a possibilidade de conhecer pessoas especiais. Diferente da maioria, eu acredito que na vida conhecemos muitas delas, algumas ficam, outras passam rápido, mas sempre deixam a sua mensagem. Neste ultimo ano a vida colocou no meu caminho uma pessoa assim. Logo que a conheci percebi que tinha algo de diferente no seu olhar, a principio não dei muita importancia mas quando percebi já tinhamos nos tornado bons amigos.

Com ela pude ver de perto que um sentimento distorcido pode colocar a perder coisas importantes na nossa vida. Não precisa ter muita experiência com relacionamentos para perceber que um amor para ser verdadeiro precisa tirar de nós o que temos de melhor e não nos transformar em pessoas que não gostaríamos de ser para atender a expectativa do nosso parceiro. Estou cansado de ver pessoas abrindo mão da sua personalidade em função de uma relação a dois que na maioria das vezes é motivada por uma carencia afetiva e não por confiança, admiração e respeito. Uma parte coloca na outra a responsabilidade pela sua felicidade, e por achar pouco, ainda responsabiliza o parceiro pelas suas frustrações.

Certa vez uma pessoa me disse:
- Ideal seria que todas as pessoas soubessem amar o quando que sabem fingir.
E eu respondi para ela:
- Sabe porque que as pessoas não sabem amar o tanto que sabem fingir?
- Não.
- Porque nós temos medo de dizer que somos... e é impossivel manter uma relação com uma alguém que não nos conhece verdadeiramente, que na realidade conhece um eu que no íntimo do nosso ser não existe.
Ela abaixou a cabeça pensativa. Eu parei alguns segundos e continuei:
- E você sabe porque nós temos medo de dizer quem somos?
- Não, por que?
- Porque é tudo que nós temos... e a outra parte pode não gostar... E é por isso que a maioria das pessoas quando entram em uma relação – seja ou não amorosa – usam mascaras... na verdade não com o objetivo de enganar mas de se proteger.

A maioria das pessoas sofrem nas suas relações porque não conseguem diferenciar o que elas imaginam da realidade. Já foi provado científicamente que a nossa mente não consegue diferenciar o que imaginamos da realidade, nosso cérebro não consegue diferenciar entre ações sendo imaginadas e executadas. Você duvida, vamos fazer um teste. Concentre-se, feche os olhos e imagine que vc está em pé na frente do o amor da sua vida, que ele está na sua frente, seus narizes estão a 5cm de distancia, tente lembrar de cada detalhe do seu corpo, imagine a roupa, o cabelo, sinta a aproximação, 4cm, 3 cm... ele vai te beijar... está sentindo o seu coração... consegue imaginar a respiração dele... pois bem... a nossa mente é meio burrinha nesse ponto... de fato está provado... o ser humano tem as mesmas reações quimicas para ações imaginadas e executadas.

Nós escolhemos da forma errada, idealizamos a outra parte em função das nossas carencias, para sermos aceitos e atender a expectativas de outros, abrimos mão dos nossos principios, e ainda nos fazemos de vitima quando tudo dá errado. Caramba, se você não consegue ser feliz sozinho o que faz pensar que conseguirá com outra pessoa. Abrir mão de sí mesmo para se moldar ao tom do parceiro não resolve nada, muito pelo contrario. Não está na cara que para poder-mos gostar de outra pessoa precisamos primeiro gostar de nós mesmos. Pelo que temos que passar para perceber que uma relação não nos faz mais bem? Quando vamos perceber que estamos viciados nas sensações que o outro nos provoca, e que isso não é amor? Perceber que em hipotese alguma devemos abrir mão de quem somos, que nossas escolhas precisam ser tomadas em função de nossos valores e não para atender os desejos de alguém. Uma relação a dois precisa ser construída com base na confiança e no respeito. Quando pelo menos um deixa de existir talvez seja a hora de começar a perguntar se a relação ainda vale a pena, se estamos envolvidos por amor ou por medo, medo de ser rejeitado, de se sentir sozinho, de não conseguir ser feliz de novo. Já ví muitas relações que se mantiveram por muito tempo com o medo prevalescendo sobre a confiança e o respeito, mas todas foram desastrosas para ambas as partes.

Particularmente acho que cada um sabe a sistuação que está vivendo, sei que não podemos e nem devemos julgar ninguém independente de qual seja a sua história, nós seres humanos criamos laços emocionais com muita fascilidade, alguns muito intensos, muitas vezes nos tornamos refens deles, e por isso nos comportamos “um pouco diferente do que fariamos normalmente”. Mas de toda forma o nosso tempo é limitado, as fases da nossa vida passam depressa e não voltam mais, desperdiçar o nosso tempo com relações que não valem mais apena é desperdiçar a nossa vida. Não devemos dar a outra pessoa a responsabilidade da nossa felicidade porque essa é uma missão que só nós podemos cumprir.

2 comentários:

Unknown disse...

Meu sábio irmão...

Adorei a postagem!!!

*Não devemos dar a outra pessoa a responsabilidade da nossa felicidade porque essa é uma missão que só nós podemos cumprir. [isso é verdade]

Tenho muita sorte em ter vc sempre por perto.
te amo!

Tiago Paiva disse...

E eu de ter você perto de mim irmazinha linda querida do meu coração. Também de amo muito. Beijo bem grande.