07 fevereiro 2009

Quantos anos você tem? [Não responda. Não é uma pergunta obvia...]


Hoje é sabado, dia 7 de fevereiro de 2009, faltam poucas horas para o meu aniversário. Há certo tempo ,quando esta data se aproximou, me lembro de estar conversando com um amigo sobre aprendizado e maturidade, quando ele perguntou-me:
-Quantos anos você tem?
-Você sabe ora! Vint...
-Não responda. Essa não é uma pergunta obvia...
Ele nem me deixou completar a frase. E nesse momento parei para refletir um pouco sobre o que ele estava tentando me dizer.
No mundo atual em que vivemos se confunde muito “maturidade” com “idade”. Algumas pessoas acham que é a quantidade de coisas que acontecem na nossa vida que nos dá experiência, maturidade. Outras acham que são as coisas propriamente ditas. Não digo que existe um ponto de vista mais certo que outro, mas penso que não são de fato as experiências em si, que fazem a diferença na nossa vida, que nos fazem aprender, mudar, desenvolver. São as lições que tiramos delas, e o que decidimos fazer da nossa vida após isso.
A mesma experiência pode ser diferente para duas pessoas, isso vai variar de acordo com o que cada um tem dentro de si, com o tipo bagagem que juntamos durante a vida e carregamos até hoje. Existem pessoas que “vivem” todos os capítulos da vida, página a página. Outras apenas passam por elas. Hoje eu acredito que este seja o maior desafio do ser humano, viver, sentir os momentos, e dar ouvidos à nossa força interior. Aquela que nos diz o que temos que fazer, e que nunca fazemos. Por quê? Por medo talvez...
Nós, seres humanos, somos como flores. Temos uma beleza complexa. Somos todos únicos. Diferentes. Podemos brotar entre as pedras ou num jardim. As nossas raízes e limitações nos prendem. Os nossos espinhos agridem e nos protegem. Podemos desabrochar, tornarmo-nos frutos. Passamos por chuvas e manhãs de sol. Algumas vezes precisamos de adubos, podas, alguém que nos regue. Mas acima de tudo queremos nos sentir ser amados e ser felizes.
Bem, quanto mais o tempo passa, mais nos conhecemos, e descobrimos os vários mundos perdidos que existem dentro de nós. E ao mesmo tempo vamos percebendo e mensurando a distancia que existe entre o que somos hoje e o que gostaríamos de ser. Quer saber uma forma de aproximar mais esses dois pontos? Pare de se omitir para você mesmo. Pare de pintar pro seu inconsciente a imagem de alguém que não existe, se aceite com tudo que você é hoje, pontos fortes e fracos, e seja feliz com o que você tem. Só a partir de então podemos evoluir. E entender que todos os seres humanos são especiais por serem eles mesmos. Como diria o Sr. Arita, “Existem, existiram e existirão vários líderes. Más jamais existirá alguém como você!”
Albert Einstein, cientista e ganhador do Prêmio Nobel, disse certa vez: “Problemas importantes que enfrentamos não podem ser resolvidos com base na mesma forma de pensar que tínhamos quando eles surgiram. Você precisa aprender a pensar de uma nova maneira, precisa de uma ‘mudança de paradigma’”.
E finalmente respondendo a pergunta do começo do texto, ainda não descobri uma forma de medir a idade partindo desse ponto de vista, mas posso dizer que 23, 33, 45 ou 60 anos não dizem nada sobre uma pessoa.

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