15 março 2009

Viver é uma permanente reinvenção de si mesmo

Uma das coisas que percebo com mais freqüência na maioria das pessoas ­- muitas vezes até em mim mesmo - é que não conseguimos enxergar nem medir o abismo que existe entre o que somos e o que gostaríamos de ser. Inúmeras foram às vezes em que me deparei com situações do tipo, “não acredito que estou agindo assim de novo”, ou me enganando com promessas do tipo “essa foi a última vez, a partir de hoje vou mudar.” Sei o quanto pode ser dolorosa uma mudança e por isso gostaria de compartilhar uma coisa que pode ajudar nessas horas, diminuindo um pouco a distância do abismo que separa o que você é hoje da pessoa que gostaria de se tornar.
Seja fiel a você mesmo, e procure transformar seus princípios em experiências pessoais...
Por muito tempo na minha vida eu me preocupei apenas em adquirir conhecimento, estudei e ainda estudo sobre os mais variados assuntos, lí os mais variados livros, más chega um tempo na nossa vida ao qual percebemos que os conceitos que aprendemos e julgamos saber só fazem parte de nós verdadeiramente quando os transformamos através das nossas próprias experiências. Como diria Lya Luft:
Não lembro em que momento percebi que viver deveria ser uma permanente reinvenção de nós mesmos — para não morrermos soterrados na poeira da banalidade embora pareça que ainda estamos vivos.”
Ser fiel a si mesmo significa viver as próprias experiências, ter maturidade suficiente para perceber que são apenas as nossas experiências, e que elas não determinam como o mundo tem que ser.
Esse é um momento interessante da vida, passamos a perceber quantas decisões importantes temos que tomar para chegar lá, e o quanto que não damos atenção a elas. Decisões que aos olhos de uns parecem fáceis, para outros são enormes desafios, esses que para serem superados requerem nobreza, caráter, humildade e coragem. Particularmente acho que essa dualidade dá um charme especial a vida, são esses desafios que tiram de dentro de nós o que temos de melhor, nos fazendo perceber o quanto somos especiais, o quanto é fundamental o nosso papel no mundo, – papel muitas vezes bem maior que a nossa mente pode compreender – e ao mesmo tempo nos mostra o quanto podemos melhorar.

3 comentários:

Odele Souza disse...

Olá Tiago,

Gostei de seus textos que traduzem uma interessante filosofia de vida.

Passei para agradecer por você seguir o blog de minha filha Flavia.

Um abraço.

vida de vidro disse...

Uma excelente reflexão. Gostei muito de ler. **

PalavrasEntrePalavras disse...

Boa tarde!

Quando vi um trecho de Lya Luft e o seu texto, eu realmente fiquei admirado. Suas palavras vêm de encontro com minhas reflexões atualmente.

Parabéns!

Um abraço com admiração.